terça-feira, 17 de novembro de 2009

ex-infâncias

tenho pensado muito no passado.

coisas mais recentes e de quando eu era pequena mesmo.

lembrei de como eu gostava de comer a pele do frango. e se eu pudesse comia ela inteira, aquela coisa gordurosa... lembrei que o meu pai comprava pão na quadra em cima da nossa, e comprava pão de menino pra bell. quando eu era criança ele matava os mosquitos pra eu poder dormir (e era o meu herói por isso). hoje em dia, quando eu vou pro rio, o gabriel faz isso também.

a minha mãe fazia bolo leonidas e pavê dos padres(?). ela faz um monte de coisa, mas nunca mais fez esses que são o top da infância. mas acho que, mesmo se ela fizesse, provavelmente eu acharia enjoado com esse paladar de gente velha que eu acabei ficando com. ela também me contava um tanto de historinhas inventadas de passarinhos e gatos-gente e lia o cachorrinho samba pra mim.

outro dia eu tava lembrando com o leandro de quando a gente era calouro e de como a gente convivia tão de perto com os nossos colegas. e o nosso mundinho era aquilo. e eu acho que era tão bom. não que hoje seja ruim, mas nossas vidas eram um tanto mais indistintas. era meio como viver numa comunidade pequena, cidadezinha do interior... mas eu acho que tinha muito amor naquela época, então não era sufocante nem nada. era bem lindo, na verdade, a nossa pós-adolescência. e a gente não deixava de ser criança.

também teve um tempo que parecia que nunca ia chegar o dia deu reencontrar com gabriel. isso porque eu não tinha coragem de ir atrás duma pessoa tão longe de mim, por mais que fosse uma pessoa bem (mais) querida (que tudo). e que foi tanta sorte encontrar nesse mundo. esse é um passado pouco distante, tem dois anos e tanto que a gente se conhece. e muita coisa aconteceu nesse tempo. deve ser por isso que parece que tem muitos tempo, olhando daqui. dá até uma esperança no futuro porque agora o que parece impossível é o dia da gente ficar junto fisicamente por um período direito. e as vezes é tão angustiante ficar longe que parece que eu vou vomitar o coração (eew!).

acho que eu tou cansada.

6 comentários:

Madame Morte disse...

Quando paramos para contabilizar e analisar, percebemos o quanto o tempo(ou seriam as relações em geral?)nos deteriora.Parece não haver solução...de qualquer forma, quanto mais crescemos, mais deixamos de ser nós mesmos.Mas no fim das contas, dilapidar diamantes, apesar de doloroso, não é tão mal assim.

Lili disse...

é.. é msmo desgastante... mas pelo contrário, apesar de perder um tanto de inocência, eu me sinto mais capaz de-obrigada a lidar com quem eu sou.

Naldo disse...

Ler seu texto me deixou muito feliz

Adriana Gehlen disse...

pão de menino ?

eu não conheço um casal que tenha conseguido o que vcs conseguem em matéria de distância.
que bom, por mim que casem logo! hahaha.
:)

Não importa disse...

Mt bonitas as coisas q vc escreve. Infância é uma coisa tão boa q dá uma vontadezinha de viver de novo...
É bom guardar lembranças.

Acredito q a nossa essência nunca muda. Podemos mudar os gostos, a maturidade, mas sempre teremos um quê de infantilidade.

Luíza Diener disse...

essas delícias da vida né?