sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

a vida na ilha I (para eduardo)

havia vida na ilha, inda que houvesse quem dissesse que não.
(essa é para certos forasteiros.
em especial: intercambista europeu-primordial
masculino e no singular.)
era vida e era ampla.
difícil de entender pra quem não tinha costume de tanto ar.
(talvez ar não seja sinônimo de solidão)
enfim, nem todo mundo é vão...
não é culpa não ser vão.
muito menos ser.
é mais questão de formação e/ou acostumar.
(mas necessita estrutura
-emocional até.)
a ilha também tinha cenário de grande exuberância.
e exostismo: de cerrado, pôr-do-sol e até giraf(f)as compondo.
na ilha a narradora via partidas... e esperava.

7 comentários:

Unknown disse...

E por mais que tanto ar sufoque por alguns momentos, saber que o caminho de volta para a ilha continua aberto dilata os brônquios, sabe? A vida fora da ilha é complexa, exuberante, mas é vendo a escala monumental do mundo de cá é que se enxerga a riqueza da escala bucólica daí. Tenho muitas saudades!

teko t. van kuyk disse...

minha vontade de passar uma longa temporada numa ilha nao tem nome.

maria ruela disse...

que esperava?
ou nao esperava nada so esperava para esperar?

Lili disse...

chegada alheia ou partida própria

maria ruela disse...

esperar a partida própria é animador... digo a grande partida propria eu acho... para um suposto grande lugar... o difícil é não esquecer as partidas pequenininhas... que nos acompanham todo dia

gabi mo disse...

a culpa é de quem?

Lili disse...

a culpa é do modernismo
da amplitude cheia de ar
e do costume de ser como se é, sem saber ser diferente.